A dor...

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Sinto o peso de um andor
A chuva molhando o cigarro,
Minhas lágrimas,
E o cinza que virou cor.

Nem a mãe inexistente,
Nem o trabalho onipresente
Nada dói tanto,
...O Amor...

Vomitar o chá da cura,
Ou talvez um banho quente
Mas nada!

E que dor, Deus, que dor!

Trocaria minh’alma com a pomba,
Preocupada apenas com a travessia.
Troco nada!
Pobre pomba...
Qual existir se faz valia.

Vivo gemido descontente
Pois eu sei, Caetano mente,
E nas rimas do meu temor
Triste repito impunemente
Ah, que dor de amor!

Diotima Renard

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