Enfiem o Hashtag Gratidão, no cu

segunda-feira, 27 de julho de 2015



Tudo o que torna-se banal,  genérico. Apodrece e cai.
Na natureza, o mesmo acontece com a árvore, cujos frutos todos já nasceram e a urgência do equilíbrio, anseia pela resposta da vida. Para que o novo ciclo se inicie...
Em uma romântica metamorphosi, onde se enfatiza o gesto de derrubar os filhos pra sorte; Além de haver o desenho da transmutação sutil. É, ainda com essa intenção, manifesto de reverberante beleza e inquestionável virtude.

Elizeth Cardoso e Raphael Rabello: Todo Sentimento

quinta-feira, 16 de julho de 2015



...Prometo te querer
Até o amor cair
Doente
Doente

Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente

Depois de te perder
Te encontro, com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei, como encantado
Ao lado teu


O mito de Eros e Psique

terça-feira, 14 de julho de 2015

[CONCERNENTE AO EU

 1: Quem é Ele que adoramos, pensando: "Este é o Eu?" "Qual é o único Eu?" É Ele quem vê uma forma, por quem ouve um som e por quem sente o sabor doce e não doce? 

2: Ele é o coração e a mente. Ele é consciência, proprietário, conhecimento, sabedoria, o poder retentor da mente, o conhecimento do sentido, firmeza, no entanto, reflexão, tristeza, memória, conceitos, finalidade, vida, desejo, saudade: tudo isto são apenas vários nomes da Consciência (Prajnanam). 

3: Ele é Brahman, ele é Indra, Ele é Prajapati; Ele é todos esses deuses; Ele é os cinco grandes elementos – terra, ar, akasa, água, luz; Ele é todas estas pequenas criaturas e as outras que estão misturadas; Ele é a origem – os nascidos de um ovo, de um útero, do suor e de um rebento; Ele é cavalos, vacas, seres humanos, elefantes – o que respira aqui, o que se move sobre as pernas ou voa no ar ou não se móvel. Tudo isso é guiado pela Consciência, é suportado pela Consciência. A base é a Consciência. Consciência é Brahman (Prajnanam Brahma). 

4: Ele, tendo realizado a unidade com a Consciência Pura, elevou-se deste mundo e, tendo obtido todos os desejos no mais distante mundo celestial, torna-se imortal – certamente, torna-se imortal. -Rig Veda ]
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Antes da analogia propriamente dita, é necessário esclarecer que "psique" é uma palavra derivada do verbopsýkhein, que significa soprar, respirar. Etimologicamente, "psique" significa sopro vital, vida, essência ou personificação do princípio da vida, princípio que anima o universo.
O mito de Eros e Psique é de origem grega e foi descrito por Lúcio Apuleiro (150 d.C.) no romance "Metamorfoses". O texto que segue é baseado nas obras de Brandão (1988) e Bulfinch (2000), encontrado no "Livro de Ouro da Mitologia" e em "Mitologia Grega, v.2".
Psique era uma linda princesa que tinha duas irmãs. Todas elas eram belíssimas e causadoras de muita admiração, assim, muitos vinham de longe apenas para vê–las. Psique, no entanto, era a mais nova e a mais bela. Com o passar do tempo, a linda ninfa começou a ser cultuada como própria encarnação de Afrodite, provocando, por isso, o esvaziamento dos templos da deusa. Cheia de ódio, Afrodite resolveu castigá–la, convocando seu filho Eros para mais uma missão: "Vês aquela audaciosa beleza? Vinga sua mãe das injúrias recebidas. Infunde no peito daquela donzela uma paixão por algum ser baixo, indigno de sorte, que ela possa colher a grande mortificação" (Bulfinch, 2000, p.101).