Não se percam na crise dos outros:

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A Crise da Loucura

Ele menciona que sente pena, enquanto ao longe segue o som da motosserra...Contamos mais de 20 minutos.
Notamos que o homem derrubou a droga antes de ser pego.
Acabou a revista. Mas os policiais mantém a linha - Mostram serviço.
Presos. A 5 metros do corte de uma árvore.
O barulho desnorteia.
Não nos ocorre melhor alternativa que não, sentir pena deles.

(Redença* - Ontem /08.09/, e os assaltos rolando soltos na city)



Ontem fui fumar um na Redenção, eu e meu amigo* notamos a cena que descrevi anteriormente. Patético... Quase uma hora. Vinte minutos de revista, e o restante deste tempo da soma, morto. Morto, eu julgo. Pessoas paradas a 5 metros do som cansativo do corte de uma árvore... Não é lógico.
E de fato, não está havendo nenhuma lógica nessa merda toda. A cada duas quadras, no mínimo um assaltante? E eu que saio do trabalho depois da meia noite?
O rapaz que dividia o banco comigo disse que, na semana passada, foi levado pra delegacia, enquanto simplesmente chimarreava com outro conhecido. Da mesma forma que o levaram, o trouxeram. Sem motivo.
A parte mais patética disso tudo, é que as coisas tem se movimentado de uma maneira estupidamente desequilibrada e o reflexo é implacável!
É triste estar lúcido nessa situação toda.
Tinha que escrever minhas idéias, e ainda mais tarde, partir pro coral. Pra rabiscar, pedi um papel pro rapaz que desenhava recostado numa árvore próxima a mim, e durante a interação, escrevendo no Post-It que ele cedeu, ao reler minha própria letra - que diga-se de passagem, é um lixo - ouço o  moço falar que não havia notado nada do que se passava. Apesar de saber que alguma coisa estava acontecendo. Então o situei, e chamei a atenção pro pessoal que estava à nossa frente, dizendo que o grupo extremava gestos tratando do mesmo tipo de assunto. Tudo gira em torno da crise agora - Acrescentei... 
Desinteressado, e ocupado com o seu desenho, enquanto prolongava-se o respeito mútuo dos (des)interesses... Falamos do parque, sobre desenhar paisagens... Ele mencionou o detalhe que havia percebido no Buddha. Segundo ele, a estátua recebe o último raio de sol... Invejei-o por ter reparado isso antes de mim... Então, com a aleatoriedade das questões, de algum modo o rapaz revelou-se um jogador de lol (League of Legends). Perguntei se ele fazia aqueles videozinhos do Twich... Ele disse que sim. Perguntei se ele era bom mesmo.. Ele disse que com a Ari ele é MUITO BOM (achei divertida a coincidência). Pedi o nick.. Ele me passou o nome do Facebook.
-Mato muito de Ari.. - Eu curto a raposa, eu sou assim, tem que ser desconfiado. Tem que agir com desconfiança.
Enquanto percebia um destes pássaros que se aproximam começando a me analisar, eu dizia pro rapaz do LOL que achava interessante a curiosidade dos bichos. Que os animais tem algum tipo de energia interessante... Que gostam de se aproximar...Disse que que compreendia a sensação. - Já fui raposa! Hehe - Mas agora prefiro mais proximidade com a naturalidade das coisas.
Conversamos um pouco sobre os policiais, a crise... lol... E, em certo instante ele teve o impulso de questionar por que eu estava a conversar sobre aquelas coisas... A crise. Meu texto no Post It. Ele dispara a dúvida sobre eu estar investigando alguém.. Se eu carregava algo comigo (!?)
- Tu não anda com nada aí mesmo? Um gravador...!?
- Como assim? Pensei e disse.
Lógico que não! Disse que estava ali fumando maconha, que nem ele. Que só compreendia cada vez melhor e com mais clareza o quão perdida a sociedade está... Que eu tinha idéias pra registrar. Coisas do tipo...
Ele terminou a questão brincando, enquanto concordava com a cabeça, revelava. -Eu tenho andado bem espiado nesses últimos dias. Resolvi confortá-lo, mencionei que entendia, que sabia como o caos estava instaurado nas ruas...  Comecei a contar sobre um momento no dia anterior, que tinha muita influência dessa energia toda que tá rolando - se banalizando e se generalizando cada vez mais:
 -Nesse sentido compreendo também. Pois no dia anterior sofremos, eu e um amigo da Santa Maria, uma tentativa de assalto...
Pow, o Jari largou 5 pila na mão dos cracudo que vinham na nossa direção, cara!!! Era quase 1h da madrugada, feriado nacional / 7 de setembro, a polícia tava em greve e o assalto quase se concluindo, quando eu pensei: Foda-se essa porra!!! E falei pros caras: -Não vão assaltar! (Não é certo, tá? O coerente é não reagir.. porém...).
Empurrei um deles, chutei o saco do outro que tentava prender meu amigo, nos liberamos e fugimos...

HEuhueue - Tá, mentira, a gente só fugiu mesmo. No desespero do bagulho: Corre mano!
UHEUEh

...Bom. Falei pro tipo do lol sobre as coisas que percebia na rua. Conversamos um pouco mais, olhei as horas. Disse que estaria indo por que se não me atrasaria. Ele disse que estava indo também. Apontou a mesma direção que eu, então eu me propus acompanhá-lo.
 Juntei as bitucas de cigarro que ele havia deixado na raiz da arvore, joguei dentro da carteira quase vazia que mantinha na bolsa. Dei um pequeno sermão. Saímos.
De longe avistei o cesto de lixo, e no buraco negro da minha bolsa, começo a revirar pra encontrar tal carteira vazia com as bitucas, nesse meio tempo ele dispara uma dúvida que me deixou quase perplexa. - Tu não anda armada, né?  Bah! Dessa vez eu acabei rindo no final.. Segui fuçando na bolsa, achei a dita cuja, dispensei as bitucas no lixo e quando olhei pra frente, o maluco virou em perna.
LOL
Fiquei achando muita graça. Coloquei meus (coincidentemente) óculos escuros e fui a adiante, tentando gravar na cabeça a música que um sabiá havia assobiado - poucas notinhas, mas que estava bonito de recordar, repetir... Na meditação, a uma quadra de casa, passa o sujeito do lol, fitando meu pequeno ser, como se eu o estivesse seguido. Muita coincidência!
Fiquei rindo na quadra paralela. Um caminhão e o tempo que gastei na risada fizeram o jogador se perder da minha vista.
(???)

Noooossssaaa povo!
É...  Estamos ficando todos loucos!

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Essa merda vai respingar em tudo. O Brasil ainda tem muito o que piorar
(desculpem-me a negatividade)
 - A gente tem que se mexer contra essa correnteza, por que do contrário?
Estamos tendo cada vez mais que ceder à estes marginais criados pelo Estado* (vide).

Semana passada eu confundi uma menina da Bahia, que me pedia informação sobre ruas, com uma assaltante!
Então! Eu também to em crise! Hahah!

- Só que no meu caso não envolve nenhum tipo de burocracia...

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